sexta-feira, 27 de julho de 2012

Desatando o nó de três anos

Quis tanto de amor viver, no entanto, não sei nem se sei o que é o amor. Escrevi tantas cartas das quais foram enviadas e rasgadas. Ouvi tantas músicas ao escrever versos inconscientemente transtornados de ideias vagas. Pensava ser mentira, seguir e deixar para trás tudo que eu dizia ser amor. Chorava desvairadamente quando o mundo cuspia na minha cara a verdade que eu nunca quis ver. E o tempo passou... Entre alterações, perdeste grande parte do brilho, quase sem cor, ainda consigo enxergar os borrões das suas mãos. Mas o que pensava ser único, ganhou substituto, que por pouco tempo ficou em presença física, mas ainda existe em presença mental. E é bem assim, nada é eterno... O sabor da endorfina dura o tempo necessário da razão humana entrar em ação. Chegou à hora de falar sobre o meu “eu errante”... Não consigo te negar! Mas conseguiria se eu não fosse uma torre só. Tentei de várias formas te contar, contei e descontei em desatino. Por fim é lá que está o que eu quero, é lá... Longe de tudo que eu desejo, perto de tudo que eu nunca quis. Mas é aqui que está a minha grande ilusão, que não me deixa em paz, que tira o meu sossego, que não fica, que não vai. Eu que sempre quis ter papel principal em uma história, hoje me sinto figurante na história dos outros, por pura covardia, talvez azar, não sei ao certo. É inexplicável o tal amor egoísta, é carinho de uma vida toda. (Priscila Koppe)

sexta-feira, 20 de julho de 2012

My fiction

Eu não vejo à hora desse mar de águas secar... Dias com geada congelaram uma parte desse mar no coração do oceano. Estou farta de beber com os olhos o doce sabor de sua boca, de estudar com detalhes seus traços e personalidade, de admirar seu sorriso e desejar seus olhares dados ao flash de uma fotografia. Tão bela flor, se devorando por não poder ter seus abraços numa noite fria, por não poder vê-lo molhado no vapor de um banho quente... Ou simplesmente por não poder sorrir seu sorriso ao te ver dormir vivendo um sonho lindo sem delírio. (Priscila Koppe)